
A tendência registada no início do ano continua a ser preocupante. MaseratiDepois de um ano de 2024 marcado por resultados que já eram historicamente baixos, a empresa parece estar longe de atingir o seu ponto mais baixo. De facto, os primeiros meses de 2025, já no vermelho, amplificam esta preocupação.
Nova queda nas vendas mundiais
Os números mostram que os registos estão a cair a pique. Se os dois primeiros meses de 2024 já tinham sido difíceis, com uma queda de 24% nas vendas, os de 2025 limitaram-se a amplificar a tendência. Com uma queda espantosa de 34% nos dois primeiros meses do ano, a Maserati parece estar em dificuldades ainda maiores do que no ano passado.
E a queda é mundial:
- Estados Unidos : -34%
- Itália: -29%
- Japão: -55%
- Suíça: -69%
- Reino Unido: -43%
- A França, surpreendentemente, foi a exceção, com um aumento de 111%, embora em pequenos volumes.
Este facto ilustra a amplitude das dificuldades da marca, que se traduzem por uma diminuição das vendas em quase todos os grandes mercados, com a exceção notável da França, onde o crescimento continua a ser marginal em termos de volume.
2025 poderá ser pior do que 2024
Se 2024 registou um total de 11 300 matrículas, ou seja, uma queda impressionante de 57% em relação a 2023, 2025 deverá estabelecer um novo recorde... mas, infelizmente, em termos de declínio. A este ritmo, a Maserati poderia muito bem cair para um nível de vendas semelhante ao de 2012, quando registou apenas 6.000 registos por ano. A questão torna-se então: Será que o plano de Stellantis é reduzir a Maserati a uma marca de nicho que vende menos de 10 000 unidades por ano?
O panorama económico sombrio da Maserati anda de mãos dadas com as preocupações relativas à produção. A fábrica de Modena, onde é construído o MC20, ofereceu aos seus empregados um emprego na fábrica da Fiat na Sérvia. E a produção do Maserati Granturismo e do Grancabrio deve ser transferido de Mirafiori para Modena. Estas decisões reflectem a incerteza quanto à visibilidade da produção a curto prazo.
Falta de comunicação: outro desafio para os concessionários
Apesar destes resultados alarmantes, a falta de comunicação por parte da direção da Maserati pesa muito. O novo Diretor-Geral da marca, que chega em outubro de 2024, ainda não apresentou um plano industrial sólido. Este silêncio está a levar os concessionários a desempenhar um papel tranquilizador, repetindo constantemente que a marca não vai desaparecer. Mas até quando? A confusão instala-se e os concessionários encontram-se numa situação delicada.